As Múltiplas Cores da Universidade

A comunidade de alunos, técnicos e professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) decide, nessa quarta-feira 29 de abril, quem será o novo reitor da instituição. O novo reitor, junto com o vice-reitor escolhido, será o principal responsável, a partir de outubro próximo, pela condução da Universidade por um período de quatro anos.

Com cerca de 40 mil alunos, quatro mil técnicos e 2,5 mil professores, a UFPE é uma organização complexa, diversa e com uma heterogeneidade de experiências e visões de mundo. Desenvolvimento de pessoas e o avanço do conhecimento movem a Universidade. A interação com a sociedade – nos níveis local, regional, nacional e internacional – complementam a relevância esperada de uma instituição como a UFPE. Criatividade, sustentabilidade, diversidade, ética e integridade são seus valores.

Com um orçamento perto de R$ 1,3 bilhão para 2015, mas com custos fixos crescentes, limitada capacidade de investimento e um programa de ajuste fiscal em andamento, a Universidade não tem tempo a perder. As metas do Plano Nacional de Educação para a educação superior, uma formação – em nível de graduação, pós-graduação e continuada – mais alinhada aos novos ambientes de trabalho, uma pesquisa e desenvolvimento de relevância científica, social e industrial, a formação de empreendedores, a geração de empreendimentos inovadores e a aplicação de tecnologias disruptivas que transformam a forma de vivermos, aprendermos e trabalharmos são desafios que impactam diretamente a missão da UFPE.

Ao mesmo tempo, o engajamento e capacitação de técnicos e docentes, o desenvolvimento institucional de processos, sistemas e infraestruturas e o uso intensivo de novas tecnologias serão essenciais para dar apoio eficiente e eficaz às suas atividades finalísticas, permitindo uma melhor condição para enfrentar os desafios citados.

Ao novo gestor e líder da instituição caberá refletir e compreender tanto o ambiente interno quanto o ambiente externo em constante mutação. Capacidade de diálogo e mobilidade em Brasília continuarão fundamentais. Decisões precisarão ser tomadas em função dessa compreensão sistêmica, da capacidade de diálogo e sempre guiadas por interesses institucionais claros para toda a comunidade universitária e para o cidadão brasileiro, esse financiador primeiro de uma universidade pública.

Dentro desse cenário, e também a partir de uma convivência profissional de três anos e meio junto ao Reitor Anísio Brasileiro, testemunhando momentos que exigiram dele decisões difíceis, mas que representaram escolhas necessárias para o avanço institucional, onde sempre procurou acertar e guiar suas decisões pelos reais interesses da UFPE, onde demonstrou um respeito imenso pelos estudantes, técnicos e professores da instituição e, finalmente, pelo seu espírito republicano e pela compreensão das múltiplas cores da Universidade Federal de Pernambuco é que, nessa quarta-feira, darei meu apoio a Anísio e Florisbela nessa consulta à comunidade tão cheia de significados para a UFPE.

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